Hoje a protagonista da editoria EB Lover é a Juliane Penteado.
=> Qual sua área de formação?
Minha formação é em Jornalismo (2004) e em Relações Públicas (2007) na Famecos (PUCRS), escola de comunicação onde o melhor não estava nas teorias e técnicas que nos ensinaram sobre espiral do silêncio, agenda setting, pirâmide de maslow entre outras tantas… (e só pra constar: numa época em que ninguém falava em EB no Brasil).
O melhor da minha vivência na faculdade estava nas experiências que aqueles comunicadores entusiasmados, muito bem disfarçados de professores, compartilhavam conosco: Experiências…. E peço atenção pra palavra “experiência”, porque independente de ser jornalista ou relações públicas, pós-graduada em marketing ou o que for, eu me formei para gerar experiências para as pessoas. E é isso que tenho feito.
=> Há quanto tempo você trabalha com EB?
Pergunta sagaz. Felicidade, sucesso, trabalho e carreira. Equação complexa, não é?! Bastante. Mas segundo a genialidade do Prof. Clóvis de Barros Filho, carreira de sucesso é aquela em que se pode exercer a exuberância de si mesmo, ou seja, uma carreira patrocinada pela excelência de si mesmo. E isso só possível trazendo as pessoas certas para as posições certas, oportunizado desenvolvimento e engajando. Voltando à pergunta, acredito que de forma um tanto fragmentada (e não conceituada como EB), trabalho com isso desde sempre (eu informava e engajava, talvez não estivesse muito claro o porquê). Em todas minhas experiências em endomarketing e comunicação corporativa, a intenção era mesma: criar uma reputação positiva tanto interna quanto externamente em relação à empresa.
Mas devo ser sincera que meu encontro cara a cara com EB, de forma estruturada e com estratégia, foi quando trabalhei numa multinacional alemã. Lá fora, Employer Branding já estava a todo vapor e cascateavam com a filial brasileira seus estudos e o memorável EVP. Mas, na época ainda não tínhamos maturidade e capacidade de priorizar a execução das ações de EB, então acabamos ficando só na intenção. Mas, porém, todavia, entretanto (como diria o Professor Girafales. Sim, adoro Chaves) a vida é feita de encontros e reencontros. E o meu reencontro com Marca Empregadora foi, em 2021, no Sicredi e num curso da ILMJ. A partir dali fiz várias leituras e o brilho no olho por todas interfaces que essa disciplina proporciona foi crescendo. Seria piegas da minha parte colocar um emoji de coração aqui?! Nem vou esperar a resposta vai ter emoji: ❤️
=> Qual empresa você trabalha hoje?
No Sicredi, uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos nossos mais de 5 milhões de associados e com o desenvolvimento dos 25 estados e Distrito Federal, onde atuamos. E que (muito importante) tem um propósito genuíno e na ponta da língua de (quase) todos seus colaboradores: “Construir juntos uma sociedade mais próspera”. É queijo com goiabada pra trabalhar EB, concorda? Eu me joguei.
=> Quais são as suas principais atribuições?
Eu sou ponto focal para essa temática. Lidero, em comunicação, a construção do posicionamento e do EVP, e atuo nas campanhas que vão materializar essas propostas. Fora isso, sou uma entusiasta do tema, e estou sempre tentando estabelecer conexões de EB com outras entregas.
=> Qual o maior case que você já trabalhou ao longo de sua trajetória?
Tá sendo agora, minha gente! Estamos produzindo, em parceria com gestão de pessoas e nossas agências, especialmente a ILMJ, várias iniciativas. Super desafio que estou adorando, e dando um spoiler: entre os nossos principais argumentos de comunicação estão cooperativismo e pessoas, só pode “dar bom”, né?
=> Que dica você daria para quem quer trabalhar na área?
Estudar pra ter embasamento e também pra ver se se apaixona, se dá match com seu objetivo de carreira, e depois semeie o tema com a liderança. Introduza o assunto, mesmo sem plano estruturado: levanta essa poeira colorida que é EB. E comece a engajar. Provavelmente sua empresa já está olhando para o mote de diversidade. Faça a convergência dos temas, e surfe nesta onda, porque EB tem tudo a ver com diversidade, tem tudo a ver com ser quem a gente é, e sentir-se bem no lugar que nos permite ser quem a gente é. E quando chegar a hora, busque parceiros especialistas pra estruturar um programa. Por último, mas não menos importante, é fundamental compreender que EB é criar uma marca consistente em pontos de contato com talentos que já estão na empresa e talentos que estão no mercado. Isso quer dizer que Gestão de Pessoas e Comunicação e Marketing devem estar em sinergia, precisam andar de mãos dadas nessa jornada. Desapega das “caixinhas”! Se você for de Gestão de Pessoas chama galera de comunicação e marketing pra trocar uma ideia, ver como uma área pode impulsionar o trabalho da outra. E se for de Comunicação e Marketing, cola em Gestão de Pessoas, quecertamente terão muito pra aprender e construir juntos.