Há uma famosa frase de Sêneca que diz: “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Apesar de ele comentar sobre destino, é importante ter em mente que sempre vamos de um lugar a outro – ou seja, identificar o ponto de partida é essencial para que possamos traçar estratégias para atravessarmos quaisquer mares. Quer saber como aplicar este pensamento no employer branding? Então, siga com a gente!
Uma fase importante quando queremos ter um trabalho mais estruturado em employer branding (marca empregadora, em português) é entendermos a verdade da organização atual. Fazendo um paralelo com cultura organizacional, sabemos que os valores que estão gravados na parede, nem sempre constituem o que é pregado e vivido verdadeiramente pelos colaboradores. O mesmo podemos falar sobre uma marca empregadora: por mais que o quadro executivo acredite que a empresa é reconhecida pelos talentos pelos inúmeros atributos positivos que ela dispõe (ou que ele acredita que ela possui), nem sempre essa é a verdade.
Para entender como uma marca empregadora se comporta e como ela é visualizada pelos colaboradores e pelas pessoas candidatas, é recomendável a realização de um diagnóstico que traga um retrato fiel da organização. Com ele, vamos entender como está a reputação, a experiência, a cultura, os valores, o pacote de remuneração, as possibilidades de carreiras e outros temas importantes para construir um local de trabalho conectado com as necessidades dos talentos.
Esse processo é dividido por fases que envolvem entrevistas, análises, curadoria e até acompanhamento da pegada digital da marca empregadora, de forma a entender o que temos contato quando falamos sobre a empresa – e o mais importante: o que os seus colaboradores estão dizendo sobre ela.
Neste artigo, além de aprender sobre a importância do diagnóstico, você aprenderá pontos essenciais para a sua construção, como:
ENTREVISTAS E GRUPOS FOCAIS NO DIAGNÓSTICO DE UMA MARCA EMPREGADORA
Entender sentimentos, percepções e experiências é essencial quando estamos no processo de diagnóstico. Afinal, todos os pontos de contato que você possui com alguma marca contribuem para as suas percepções, e esse conjunto de experiências é o que determina seu sentimento sobre determinada instituição. Nesse processo, são entrevistadas pessoas-chave para a empresa, que comentam sobre suas jornadas e sobre suas carreiras. Candidatos e ex-colaboradores também podem ser entrevistados, para que haja uma visualização clara sobre as experiências para os diversos públicos.
Um dos objetivos é identificar os motivos de atração e afastamento em relação à marca, encontrando insights sobre o que a empresa faz bem e que é valorizado pelos talentos, e o que precisa melhorar para se tornar mais atrativa para o mercado e para quem já é colaborador. Os grupos focais auxiliam nesse processo por serem coletivos e permitirem ter uma visão qualitativa e quantitativa sobre os pontos abordados. Eles se tornam um instrumento poderosíssimo para extrair insights e entender mais sobre o que atrai, fideliza e afasta as pessoas.
O processo de diagnóstico pode ser realizado internamente. Porém, verificamos que os colaboradores se sentem mais à vontade quando essa etapa é realizada por uma consultoria como a ILoveMyJob, exatamente porque as pessoas se sentem mais à vontade para compartilharem suas visões. Por isso, é recomendado sempre que seja explicado como os dados serão utilizados, quem terá acesso a eles e a importância disso para tornar o ambiente de trabalho ainda melhor.
DESK RESEARCH NO DIAGNÓSTICO DE UMA MARCA EMPREGADORA
Entender como a marca está posicionada e como tem impactado os talentos é importante para ajudar a determinar a reputação e a visualização pelo mercado. Por isso, acompanhar os canais digitais e ter informações como pesquisas e apresentações internas é um passo essencial para mapear o posicionamento, percepções e oportunidades.
O processo é longo, porém, contribui com muitos insumos para os próximos passos, como planejamento de ações e até a construção do EVP (Employee Value Proposition, ou Proposta de Valor à Pessoa Colaboradora, em português), caso a empresa ainda não tenha esse material preparado para direcionar a ativação da marca empregadora.
O QUE É ESSENCIAL EM UM DIAGNÓSTICO DE UMA MARCA EMPREGADORA
Para ter sucesso, é importante que os dados sejam correlacionados para identificar a essência atual da marca e oportunidades. Cruzar dados de pesquisas com o posicionamento da marca empregadora, por exemplo, ajuda a ter a visualização se o que estamos “vendendo” está sendo realmente praticado (ou, se estamos praticando, mas não estamos “vendendo”).
Além disso, há uma grande oportunidade para entender o que os talentos reconhecem como importante e que a empresa não está oferecendo, possibilitando a criação de novos programas e recursos que tornem o local mais atrativo para se trabalhar.
Mas, acima de tudo, é essencial que haja humildade para entender que a marca não será perfeita e que há gaps a serem melhorados. Somente com esse aceite é que o diagnóstico pode ser utilizado como uma grande ferramenta para criar uma marca empregadora mais forte e, acima de tudo, mais verdadeira.
E aí, o que você achou da importância do diagnóstico para a gestão de employer branding? Se quiser conhecer mais sobre como efetuar um diagnóstico, conheça o curso EB Expert, o livro Employer Branding Expert e as Soluções Corporativas da ILMJ.
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